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quinta-feira, 4 de julho de 2013

RABISCO DE UMA HISTÓRIA



Só tenho duas dificuldades no idioma Português
Ler e escrever
Mas mesmo assim me arisco
Entre rabiscos, me fazer entender

Nelson José de Oliveira
Inspira-me nessa hora
Contar um pouco da sua história
De alegrias, tristeza e glórias

Nascido em vinte e cinco de maio
De mil novecentos e vinte e sete
Filho de Maria Rosa Pereira
E Pedro José de Oliveira

Ainda menino uma grande perda ocorreu
A mãe querida partiu
Mas mesmo assim antes pariu
E uma linda menina nasceu

No São Francisco viviam, com paz e harmonia
E agora? O pai sozinho e desesperado
Os rebentos, Dazinha, Nelson e a menina Didi
O que fazer como criar, pra onde ir?

Sem muitas opções e poucas condições
Pedro foi para São Paulo, a procura de melhora
Deixando os filhos com parentes
E uma roça de mandioca



Mariana de seu Né e Ana de Estevão, foram de grande importância
Ajudaram a criar as crianças
Nelson que segundo a tia Munda era uma gracinha
Aos cuidados de Laurinda e Manuel, foi morar na Rocinha

Lá chegando, fez a alegria
Das tias corujas
Raimunda, Dó, Amélia e Maria
Afeição também, dos tios Ermírio e Tião
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Laurinda Fernandes a madrinha Loura
Manuel Fernandes Mangabeira para Nelson
 Era Adim Arim, ou seja,
Padim Manezim

Pedro de São Paulo voltou
Enamorou e com Alice casou
Reuniu os filhos nessa desafiante jornada
Lagoa Real, de todos, era agora a nova morada.

E assim foram levando
Pedro na labuta
Alice dos meninos cuidava
Todos já estudavam

Para continuar a estudar
Nelson em CAETITÉ foi morar
Lá se formou
Diplomou-se em professor

Com uma pequena mala
E alguns contos de réis
Com Deus no coração e muita fé
Foi morar em Jequié


Lá chegando encontrou muitos parentes
Todos com alegria o acolheram
Chegou a trabalhar em posto de saúde
Como se fosse um enfermeiro

Mas apareceu a oportunidade
E na cidade de Lucaia foi ensinar
Nesse período adoeceu
O amigo Posidônio e sua esposa com carinho e cuidados, o acolheu

Tendo conhecimento de um curso para Coletor
Para a capital do estado se mandou
Chegando a Salvador
Ficou maravilhado com tudo aquilo que Deus lá criou

Queria conhecer novas terras e nova gente
E agora como auxiliar de coletoria
A oportunidade surgia
Para sua satisfação e alegria

Chegando a Maiquinique
Logo se apresentou
Foi auxiliar o já antigo Coletor
E entre eles um laço de amizade brotou

Encantado com a cidade
Com seus rios e vales
Logo se enraizou
E toda sua vida mudou

Nancy jovem donzela
Na cidade
Entre todas, a mais bela
Nelson logo sentiu, algo por ela




Esse sentimento
Virou casamento
Resultando o nascimento
De quatro rebentos

Com a família constituída
E muito satisfeito
Bem relacionado e muito direito
Foi escolhido para ser o novo prefeito

Terminada a sua gestão
Voltou a sua profissão
Trabalhando em diversas cidades
Com amor e dedicação

Com a família foi morar
Na cidade de Vitória da Conquista
Agora o seu novo lar
Essa cidade em definitivo é até hoje seu habitar

Já estruturado
Foi trabalhar em Brumado
Na inspetoria exercia
Cargo de chefia

Mas o tempo de parar chegou
Nelson como auditor fiscal aposentou
Deixando saudades
E amigos por onde passou

Nem sei direito em que tempo
Mas ele estudou
Fez o curso de direito
E virou doutor




Dividindo o tempo entre a fazenda
E advogando para os mais necessitados
Foi com jeitinho
Conquistado seu espaço

Chegou a dividir escritório com o amigo Waldenor
Mas foi na cidade de Planalto onde mais trabalhou
Assessor jurídico da Prefeitura
Um bom tempo por lá ficou

Adotou como lazer
A cidade de Anagé
Eu não sei por que tanta admiração
Deve ser o clima seco e o rio Gavião

Passou um tempo muito rueiro
Media estrada e ruas como se fosse um engenheiro
Não dava noticia, simplesmente sumia
Devia ser os encantos que o mundo oferecia

Nelson não grita... conversa
Não fala mal... aconselha
Criou seus filhos
De braços abertos e mãos cheias

Mas esse nosso Nelsinho
De ternura e carinho
Tem pela frente um grande desafio
Vencer de mancinho esses invisíveis bichinhos

Nosso grande guerreiro
De coragem e valentia
Sabemos da sua batalha
E de sua luta dia a dia

Rabiscando essa história
Devo por aqui parar
Nelson em breve
Oitenta anos vai completar

Fica aqui o meu respeito e admiração
Peço a sua benção
Que o bom DEUS te ilumine
Saúde e paz, te desejo de todo meu coração


                             
            LUCIANO FLÁVIO DE OLIVEIRA 
                              06/05/2007
                                                        




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